Como vimos nos posts anteriores, a discussão sobre gênero no esporte é mais do que importante, é uma realidade que temos que encarar e buscar solucionar. O Judô, através da Federação Internacional de Judô e da Confederação Brasileira de Judô, tem buscado proporcionar ambientes de igualdade nas competições, nas remunerações e nas oportunidades.

O resultado disso cedo ou tarde aparece, como apareceu nesta semana passada especialmente para o Brasil: Rafaela Silva é a primeira mulher brasileira a ser campeã olímpica (Rio, 2016), mundial (Rio de Janeiro, 2013) e pan-americana (Lima, 2019). Nenhuma mulher, de nenhum outro esporte, seja coletivo, seja individual, conseguiu até hoje alcançar este posto. Ao contrário dos homens, que por sempre ter melhores oportunidades, alcançaram este tríplice título em alguns esportes (individuais e coletivos). De esportes individuais, temos Arthur Zanetti (ginástica), Robert Scheidt (vela), e César Cielo (natação) como campeões olímpicos, mundiais e panamericanos. E representando os esportes coletivos, temos atletas do vôlei e vôlei de praia.

Rafaela Silva - Vencendo todas as barreiras e alcançando resultados inéditos na história do nosso país
Rafaela Silva – Vencendo todas as barreiras e alcançando resultados inéditos na história do nosso país

Talvez não seja a toa que a primeira a alcançar este triplice título seja uma mulher que tenha vindo de um esporte que se dedica muito a equidade de gênero. Uma mulher que tenha vindo da favela da rocinha e do Instituto Reação, um instituto social e educacional fundado e administrado pelo judoca Flávio Canto que busca dar mais oportunidades a aqueles que nunca tiveram chance na vida e busca colocar-los em posição de igualdade nas disputas. E se não foi a toa, isso somente significa que ainda temos muito para fazer até alcançarmos um mínimo de igualdade e oportunidade a todas e todos.

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