O texto abaixo, escrito pela assessoria de comunicação da FEBAJU, mostra uma belíssima história de superação e vitória através do Judô. Compartilhamos aqui para que histórias como esta possam inspirar muito mais gente mundo afora:

De uma família de judocas, praticar a modalidade era algo já esperado por seus pais e no tatame foram dados os seus primeiros passos. Alana Maíra Moura, 19 anos, natural de Juazeiro, carrega consigo uma história de vida de obstinação e força.

Aos 13 anos, com quadro de obesidade, Alana viu seu pai voltar às competições para incentivá-la na prática do judô e essa atitude foi decisiva para que a atleta reconhecesse que era à isso que queria se dedicar. Em 2014, em sua primeira competição, Campeonato Nacional Sesc, Alana conquistou a medalha de ouro e voltou para casa com a sensação de dever cumprido. No entanto, em 2015, as coisas mudaram um pouco para a juazeirense, após um acidente e uma sequência de negligências e erros médicos, Alana precisou reaprender a andar em decorrência da sequela permanente que a acompanha desde então.

“Após algumas experiências ruins, decidi que não ia mais permitir que ninguém me enxergasse como símbolo de fraqueza. Decidi que a força e a persistência seriam minhas aliadas nessa caminhada. Tenho que fazer fisioterapia, sinto dores, mas estou vivendo dia após dia sendo mais forte. Por ignorância ou maldade, sofri muitos insultos e apelidos pejorativos, mas tudo isso me fortalece e o apoio do meu pai foi e é determinante para continuar no judô”.

Alana Moura - Judô e Superação - Foto: Jonas Farias
Alana Moura – Judô e Superação – Foto: Jonas Farias

Após o diagnóstico e confirmação da lesão permanente no pé esquerdo, em nenhum momento a brava menina pensou em desistir e encontrou no judô mais um motivo para perseverar.

“Eu tive que adaptar o judô a essa minha nova realidade. Hoje consigo entrar no tatame e lutar de igual para igual com as atletas da minha categoria. Uma certeza que eu tenho é que não quero e não vou desistir. O judô salvou a minha vida de uma maneira ímpar. Sou muito religiosa e acredito que tudo é no tempo de Deus. Meu sonho não é uma medalha específica e sim que as pessoas me reconheçam como símbolo de força e que vejam a minha história como exemplo de superação”.

Alana Moura destaca que esse é o melhor momento em sua carreira como atleta, sendo a primeira colocada no ranking Estadual na classe sub-21 -63kg, ficou na 5ª colocação no Campeonato Brasileiro Regional III e representará a Bahia no Campeonato Brasileiro Sub 21 e estará em Salvador no dia 30 de agosto, participando do Campeonato Baiano, no Shopping Bela Vista