É muito comum atualmente ver pais matricularem seus filhos no Judô, pois acreditam eles que por ser uma arte marcial japonesa, a criança será formada com valores como respeito, integridade, disciplina, entre outras coisas.
Isso é certo, mas também é errado. Não basta matricular o filho numa academia para achar que ele se tornará outra pessoa. A educação da criança deve ser o mais uniforme possível tanto em sua escola como em sua casa e em seu dojo (local de treino). As vezes, basta um exemplo aparentemente inocente dado pelos pais que a criança copia e aprende de modo equivocado (como o caso do vaso roubado – leia aqui). Além disso, a grande vantagem do judô para as crianças não é o fato de ser uma arte marcial japonesa com seus conceitos rígidos, mas outros muito mais importantes.
Segundo Piaget – cientista que estudou os estágios de desenvolvimento infantil – a criança passa por algumas fases durante o seu crescimento. Normalmente quando matriculadas no Judô, as crianças encontram-se na fase que Piaget chama de Estágio Pré-Operatório (entre 2 e 7 anos de idade). Esta fase é também chamada de fase intuitiva, e é de extrema importância para o desenvolvimento da criança, e é nesta fase que a criança usa a estratégia do jogo simbólico para organizar e compreender o mundo, além de usar o jogo para livrar-se de algumas angústias.
No jogo simbólico, a criança fantasia a realidade. Diz que seu carrinho de brinquedo é uma nave espacial, e que seu boneco tem superpoderes. Diz que duas pedras no chão é a base secreta, e se passa uma formiga, é um dinossauro gigante. Tudo isso faz muito sentido para a criança, apesar de que, as vezes para os adultos, é uma fantasia irrelevante.
O judô trabalha muito com jogos simbólicos. É durante o treino que a criança cria certas fantasias para poder entender um golpe, entender a sua relação com a outra criança, entender que as vezes ela pode machucar o outro. Muitas vezes, a criança acha que o Judogi (kimono) é uma armadura que lhe dá poderes, e com isso, ela se sente capaz de usar o corpo para realizar os movimentos aprendidos, e assim, desenvolver sua capacidade motora.
Nessa fase do desenvolvimento infantil, a criança normalmente é egocêntrica, de modo que não consegue colocar-se no lugar de outra de maneira abstrata. O Judô trabalha isso com os jogos, as lutas e principalmente com a graduação. À medida que a criança cresce, ela se gradua, e ela percebe que deve ser exemplo para as crianças menos graduadas, que vão seguir o mesmo caminho que ela seguiu.
O respeito pelo outro é trabalhado no judô tanto através da graduação, onde a criança mais graduada percebe que deve ser exemplo, e a menos graduada percebe que deve respeitar tanto o professor como as crianças mais graduadas, como também é desenvolvido através do treino. Uma técnica pode machucar, e por isso, não deve ser aplicada para machucar o colega de treino. A criança aprende que ultrapassar os limites do seu próprio corpo pode significar machucar um amigo, e por isso, é preciso desenvolver um auto-controle.
Os jogos tem outro papel importante nesta fase do desenvolvimento: para a criança, o jogo não é apenas uma brincadeira, mas é um modo de organizar o mundo e entender qual o seu papel nesse mundo. Por isso, muitas vezes a criança não aceita a derrota com facilidade. As vezes cria estratégias nos jogos para modificar as regras e sair sempre vencendo, pois a derrota afeta sua auto-estima.
No Judô, as competições servem para trabalhar a derrota. Desde os treinos dentro do dojo, a criança vai aprendendo que numa luta, apesar de um vencer e outro perder, aquilo é momentâneo. Em competição, isso é trabalhado ao extremo, pois a criança é colocada para lutar contra uma outra criança normalmente desconhecida, e seus pais, amigos e o seu sensei estão lá torcendo por ela. Ela sente uma obrigação maior em vencer. É fundamental, neste momento, que desde o início a criança já esteja preparada para a derrota, e entenda a derrota não como a sua incompetência, mas sim, como algo natural que ela use para crescer e desenvolve-se, sem se colocar como um eterno perdedor. Por isso, as escolas de Judô realizam campeonatos internos, pois as crianças disputam contra conhecidos e tem seus pais torcendo, e nestes campeonatos o Sensei pode em cada luta ensinar o papel daquela derrota, e mostrar que é através de certas derrotas que cada vez mais vencemos.
O CTJ acompanha com todo o cuidado o desenvolvimento dos seus alunos e também se preocupa em dialogar com os pais para que estes informem ao Sensei como a criança está se comportando em casa e na escola, para que esta informação possa ser utilizada em seu desenvolvimento. Os pais, por sua vez, podem também participar do método do judô para o desenvolvimento infantil tanto assistindo às aulas, como estando presente nos eventos e também participando da FanPage do CTJ no Facebook, ambiente virtual onde os pais podem trocar conhecimento com os diversos membros do CTJ, pois neste ambiente encontram-se colegas que são psicólogos, professores, advogados, educadores físicos, médicos, entre outros, e este ambiente de troca de conhecimento é de fundamental importância tanto para auxiliar o desenvolvimento dos filhos matriculados, como de todos os membros do CTJ.
Assim, se seu filho está matriculado no CTJ, faça parte da comunidade, para interagir com os outros membros e proporcionar à criança o melhor ambiente de desenvolvimento físico e moral. E se o seu filho ainda não faz Judô, procure matriculá-lo, pois estas são apenas algumas das diversas razões em que vale a pena ver a criança crescer neste ambiente de arte marcial.
eu sempre quis fazer judo mais meus PAIS nao deixam eu quero sabe como q eu faço pra eles deixarem
eu quero entrar para o judo
como eu faco para convencer meus PAIS ??
o meo folho ele ge e tra no judo mais eu nao estou gosigido
Oi , meu nome é
leandra tenho 13 anos e eu morro em santos morro sao bento queria muito fazer judo porque assim eu conseguiria me defenter . E espero q eu entro
Eu quero fazer judô minha mais a minha mãe ainda esta procurando vagas?
Tenho três filho. O menino mais velho de doze anos,a menina de 11 e o menino menor,de nove. Ambos fazem judô,desde o início desse ano. Nos surpreenderam. Pareciam ja terem conhecimento. Já conseguiram lindas vitórias, medalhas e tbm já foram derrotados. Minha filha além de judoca,faz ballet clássico desde os sete anos.
É certo colocar uma criança de 11 anos p lutar com um adulto?sexta meu filho foi p um treino e treinou com uma pessoa de 100kg.fraturou o braço quando o outro caiu sobre ele
Olá Jaqueline,
Não tem problema uma criança lutar com um adulto, quando a luta é feita com responsabilidade, ou seja, o adulto é capaz de tomar todos os cuidados possíveis para que a criança possa aprender. Em nossas aulas de judô para criança, temos professores e instrutores que as vezes entram para “lutar” com as crianças, mas sempre com todo cuidado e responsabilidade. Por isso não colocamos qualquer adulto para “lutar” com crianças, mas apenas os mais graduados, pois estes sabem cuidar melhor da situação e evitar acidentes.
Abraços!
Meu filho tem 4 anos coloquei ele no judô ele tá com medo e inseguro as veses chora sai tô tatame e fala que não quer fazer será que devo tirar ele?
Olá Mia. O ideal é conversar com o professor sobre isso. Sempre há um tempo de adaptação para algumas crianças. Ou as vezes a classe não está sendo mesmo atrativa para a criança. Conversando com o professor, ele pode trabalhar esse ponto na classe incluindo mais seu filho nos jogos e brincadeiras, para que pouco a pouco ele perca o medo e se sinta tranquilo.
Abraços!