Nesta semana, o CTJ participou de uma matéria que foi publicada no Jornal A Tarde, comentando sobre o desempenho do Brasil nas Olimpíadas de Londres de 2012, assim como comentando sobre a importância destas olimpíadas para as crianças e para os futuros atletas baianos. Confira abaixo a matéria completa, escrita pelo jornalista Ricardo Palmeira.

Febre por tatame – Conquista de medalhas e formação de grandes ídolos fazem a garotada procurar as academias da modalidade

Não importa quantas medalhas, nem se foram mais decepções do que alegrias. O fato é que o legado deixado pelo judô após as Olimpíadas é inegavelmente positivo para o Brasil. Seja pela visibilidade que ela alcança em períodos olímpicos, ou pelos ídolos que ela cria, a cada quatro anos surge uma nova legião de interessados nesta secular arte marcial. E a Bahia, claro, está incluída nesta regra.

Judô Infantil - Formando para uma vida de vitória e sucesso

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Em Salvador, Tiago Jacaré, 31 anos, é professor de judô há 12. Por isso, afirma com conhecimento de causa: a participação do Brasil em jogos sempre alavanca a força do esporte. “Em ano de Olimpíadas, cresce consideravelmente o número de praticantes no judô: desde crianças que despertam para o esporte, a adultos que treinavam no passado, empolgam-se e voltam a treinar. Em 2012, minhas turmas aumentaram cerca de 30%”, afirmou o Sensei Tiago.

Um destes novatos é Guilherme Estrela, 13 anos. Até pouco tempo, ele só pensava em futebol. “Meu irmão mais velho pratica judô e me influenciou. As Olimpíadas também ajudou. Tenho visto as disputas e tenho gostado”, comentou o garoto que, ontem, teve a sua primeira aula no esporte. “Já penso em disputar competições. O Brasil é um dos grandes países da modalidade. Confio que ganharemos mais medalhas em Londres”, disse o debutante.

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Torcendo pelo Brasil nas Olimpíadas de Londres

Na torcida junto a Guilherme, estão seus colegas. Todos ligados nas Olimpíadas de Londres e tendo o judô como esporte favorito. “Vibrei demais com a Sarah Menezes. Pô, ela é nordestina e foi a primeira mulher do judô a ganhar um ouro!”, afirmou emocionada Juliana Hollanda, 13 anos e que também iniciou sua história no judô em uma época olímpica. Foi em setembro de 2008, semanas após os jogos de Pequim. “Ele se tornou meu esporte preferido. Este ano, estou feliz com as duas medalhas que o Brasil já conseguiu. Amanhã, ainda aposto em mais”, emendou Juliana, referindo-se a Mayra Aguiar e Luciano Corrêa, fortes candidatos a subir no pódio em Londres.

Outro ligado nos Jogos Olímpicos de 2012 é Gustavo Viana, 11 anos, bicampeão baiano de judô. Ele não só torce como espera seguir os passos dos judocas que estão na Inglaterra. “Meu ídolo é Leandro Guilheiro. Ele fez grandes lutas. Pena que não conseguiu uma medalha. Mesmo assim, aprendi muito vendo ele lutar”, afirmou o menino, que sonha um dia poder disputar uma Olimpíadas.

“A Bahia tem potencial para enviar seus próprios representantes aos Jogos. O que falta é incentivo e patrocínio. Muitos, quando chegam aos 15, 16 anos, deixam o esporte por isso. Porém, vivemos a expectativa que isso mude. A força do Judô tem aumentado no Estado e estamos confiantes que atrairemos mídia e investidores com isso”, finalizou o Sensei Tiago Jacaré.